


Essa tríade de elementos cria o universo mágico do cinema há 120 anos, uma atmosfera única capaz de nos transportar para um outro lugar, para outras experiências.
O cinema é uma das formas mais poderosas de expressão humana. É uma forma de arte que pode ser usada para contar histórias verdadeiras, retratar a sociedade e expressar emoções e ideias. Além de emocionar, provocar reflexões ou entreter, também pode ser usado como uma ferramenta pedagógica para ajudar no desenvolvimento de habilidades críticas, emocionais e sociais. Trabalhar a linguagem do cinema com escolares é uma maneira de ampliar seus horizontes e compreender o mundo ao seu redor, de uma forma nova e emocionante.

O Sesc São Paulo em parceria com o Museu Mazzaropi e a Secretaria Municipal de Educação de Taubaté realizam o projeto Giz, Câmera, Ação: A Magia do Cinema, unindo o desejo de trabalhar com escolares e professores a linguagem do cinema.
Uma troca de saberes que tem como objetivo promover um olhar apurado para esses educadores e um desejo de desbravar a linguagem do cinema com os alunos, por meio de suas variadas formas: cursos, exibições e visita mediada.
As vivências e trocas proporcionadas pelos profissionais que acompanharão esses grupos pretendem inspirar e abrir possibilidades de criar. Uma sala de aula pode se tornar um set de filmagem, transformando o cotidiano da classe em conteúdo para cinema.
Com o desenvolvimento de técnicas de cinema, filmagem utilizando o celular e edição de imagem os educadores irão percorrer caminhos essenciais para o trabalho com os alunos. A visita ao museu que conta a
história de Mazzaropi, o famoso cineasta que criou em Taubaté um grande estúdio cinematográfico é o ponto de partida para receber os alunos que mergulharão nesse universo.



A história do artista Mazzaropi começou no circo quando ele tinha apenas 14 anos. Depois foi para o teatro, depois para a rádio, inaugurou a TV brasileira com o primeiro programa de humor na telinha e, finalmente, ele estreou no cinema aos 40 anos. Tudo isso e mais a infância, quando ele descobriu que queria ser artista, é contado de forma interativa numa ampla e moderna área de exposição.
Cenários, objetos de cena, figurinos e muitas fotos e trechos de filmes vão inspirar nosso processo de ensino e aprendizagem em que a figura de Mazzaropi é o fio condutor, com sua incrível, divertida, mágica e brasileiríssima escola de cinema,audiovisual e outras artes.

“Nós enxergamos antes de olhar e ouvimos antes de escutar” Miguel Nicolelis
Esta é uma proposta para os jovens das escolas públicas municipais de Taubaté: formar uma comunidade aprendente para criar e fazer filmes. O cineasta Mazzaropi que construiu seus estúdios em Taubaté e outros craques do audiovisual vão nos inspirar ao “como se faz” curtas, filmetes, animações, videoclipes, documentários.
E, como filmar não é tudo, vamos quebrar a cabeça para levar estas histórias até o público. Mazzaropi fazia isso muito bem.

Mazzaropi e seu método (quase) infalível para conquistar a plateia… Mesmo famoso, Mazzaropi nunca deixou de se apresentar em circos,
sua grande paixão. Nas temporadas circenses ele contava as piadas, causos e histórias que usaria no próximo filme e ficava atento se a plateia gostava. Era o teste de plateia que só ele podia fazer. E, depois que o filme estava pronto, Mazzaropi entrava escondido no cinema para ver como o público reagia. Se alguma cena não funcionava, ele pegava o filme de volta e cortava a cena.
Parece impossível, mas como era o próprio Mazzaropi que distribuía seus filmes, quando a fita voltava para o escritório da produtora, ele tirava o trecho. Apesar de tantos cuidados, Mazzaropi sabia que não era suficiente e, então, ele explicava:
“O segredo do meu sucesso é falar a língua do meu povo.”


Até pouco tempo atrás, filme e cinema eram quase a mesma coisa. Aí os filmes começaram a passar também na TV. Hoje, estão presentes em muitos meios: a internet com a infinidade de canais e a TV a cabo, são só alguns. Espaços para o filme ressurgem com as novas tecnologias: escolas, museus, festivais. O meio digital permite o acesso a muita gente, principalmente os jovens. Há muitos grupos de jovens produzindo filmes pelo mundo todo. É surpreendente conhecer essas comunidades e, de repente, descobrir que é possível fazer parte de um filme, realizado por um grupo que está do outro lado do mundo.

Usar a câmera de vídeo como uma ferramenta para pensar, observar, se expressar e explorar é divertido. A câmera na mão capta as imagens que queremos, escrevendo com a luz que entra pela lente a história que imaginamos. Aprender a escrever com a luz, está se tornando tão importante e necessário quanto saber ler e escrever.

Trabalhar em grupo é uma aprendizagem de vida. Defender ideias, saber somar com ideias de outras pessoas, saber ouvir, são algumas das experiências mais importantes do convívio, da construção social, enfim, da vida. Fazer filme é isso: viver intensamente.