Jeca Tatu
Jeca é um roceiro que tem sua propriedade ameaçada pela ganância de um latifundiário.
1º rolo: Ao lado da fazenda do italiano Giovanni, vive o preguiçoso Jeca Tatu, constantemente ralhado pela esposa. Sua filha, Marina, uma bela moça, se sente ameaçada pelo capataz da fazenda vizinha, o Vaca-Brava. (288,4 m.)
(Fazenda, canavial, cavalo, tratores. Casa de pau-a-pique, vacas, interiores da casa, cachorros, ordenha de vaca, riacho.)
2º rolo: Um burro empacado já é motivo para atrito entre Jeca e Giovanni, o ingênuo versus o progressista. Marina, para desagrado de Vaca-Brava, está enamorada por Marcos, filho de Giovanni. Embora cheio de dívidas, Jeca recusa a oferta financeira, em troca da filha, feita por Vaca-Brava. As terras de Jeca, já poucas, diminuem mais de extensão por hipotecagem de dívida. (289 m.)
(Fazenda, canteiro de alface, burro. Curral, gado, vaqueiros. Agnaldo Rayol canta “Estrada do Sol” – 105 m. Armazém, mercearia, turco merceeiro. Carro-de-boi, casa de pau a pique.)
3º rolo: Giovanni, aproveitando a inépcia de Jeca, estende suas cercas e critica o namoro do filho e o bom coração de sua segunda esposa, Tina. Jeca, por sua vez, não permite o casamento da filha com “aquele feijão branco”. E Vaca-Brava, enciumado, resolve dar a Jeca uma última chance. (261 m.)
(Casa de pau a pique, trator, interiores da casa, cachorro. Casa de fazenda: sala. Armazém, mercearia, turco merceeiro.)
4º rolo: Jeca se mantém intransigente. Vaca-Brava, disposto a vingar-se, rouba ovos e galinhas de Giovanni e os joga no quintal do Jeca. Giovanni chama o delegado que, localizando as “provas”, prende o Jeca. (283,9 m.)
(Interiores e exteriores da casa de pau a pique, cachorro, carro-de-boi. Fazenda, cavalo. Delegacia, policiais, cela.)
5º rolo: Com a intercessão da esposa e dos filhos, Jeca é libertado. Uma nordestina saltitante, apaixonada por Jeca, procura em vão avisá-lo das tramóias de Vaca-Brava. Jeca, sem dinheiro, vende o resto de suas terras para um intermediário do Giovanni. Marcos e Marina juram amor eterno. Vaca-Brava, disfarçado de Jeca, fere Marcos. Giovanni, enraivecido, incendeia a casa do Jeca. (288 m.)
(Delegacia, policiais. Interiores da casa de pau a pique. Galinha. Armazém, boteco, turco merceeiro. Casa de fazenda: sala.)
6º rolo: Giovanni confessa o crime e Jeca acusa-lhe a maldade, ajeita a mudança e decide partir com a família. Marcos evita despedir-se de Marina. Os empregados de Giovanni solidarizam-se com Jeca e, em conversa com um coronel metido em política (Florêncio), arrumam novamente a vida do caipira no local. (294,6 m.)
(Casa de pau a pique, incêndio. Pasto, estrada de terra, carro de boi. Mazzaropi canta “Fogo no rancho” – 95 m. Fazenda, trator, cavalos. Casa de fazenda. Estação Ferroviária, rua movimentada, caminhões, ônibus, lambreta, guarda de trânsito.)
7º rolo: Na cidade grande, incumbido de entregar uma lista de votos para um político local, Dr. Felisberto, Jeca se atemoriza com os novos costumes mas cumpre sua função em troca de umas “terrinhas”. (269,7 m.)
(Chuva, cachorro, automóvel. Mansão, jardins, piscina, juventude da época. Cely e Tony Campello cantam “Tempo para amar” – 67 m.)
8º rolo: Com o auxílio a Jeca, o político demagogicamente é introduzido no meio rural com os gritos de “já ganhou”. Satisfeito, Jeca observa a construção de sua nova casa. Marina e Marcos se reencontram amorosamente. Vaca-Brava percebe que perdeu de vez o jogo. (277,8m.)
(Igreja, coreto, fogos de artíficio, banda musical, comício político no interior. Pasto, construção de casa. Vaca, galinhas. Lana Bittencourt canta “Ave Maria” – 190 m. )
9º rolo: E faz intrigas com Giovanni contra Jeca. À noite, incendeia um paiol do fazendeiro mas Marcos e a nordestina saltitante flagram o crime. Uma pequena briga põe fim à prepotência de Vaca-Brava que é levado preso. Giovanni e Jeca fazem as pazes. E Jeca, finalmente, prospera, perde o “marelão” e embeleza sua propriedade para a felicidade da esposa, filha e genro. (210 m.)
(Cavalos, cerca de bambu, cachorro, vacas, bezerro, galinha. Casa de fazenda: quarto. Armazém, boteco, turco merceeiro. Delegado, policial. Mazzaropi canta “Pra mim o azar é festa” – 140 m.)
Fonte: Cinemateca Brasileira
Elenco
Amácio Mazzaropi • Geny Prado • Roberto Duval • Nicolau Guzzardi (Totó) • Nena Viana • Marlene França • Francisco de Souza • Miriam Rony • Marlene Rocha • Pirolito • Marthus Mathias • Hamilton Saraiva • José Soares • Hernani Almeida • Homero Souza Campos • Eliana Wardi • Marilú • Calampito • Augusto Cezar Ribeiro • Argeu Ferrari • os meninos: Claudio Barbosa • Humberto Barbosa • Newton Jaime S. Amadei
Comédia musical, ficção; 95 minutos; censura livre
Cia. Produtora: PAM Filmes (Taubaté, SP)
Direção: Milton Amaral
Argumento: Amácio Mazzaropi
Roteiro: Milton Amaral
Baseado: “Essa história é baseado no conto Jeca Tatuzinho cujos direitos autorais foram cedidos graciosamente pelo Instituto Medicamenta (sic) Fontoura S/A; expresso aqui meu agradecimento – Mazzaropi” (in letreiros de apresentação do filme)
Direção de Fotografia: Rodolfo Icsey
Operador de câmera: Geraldo Pfister
Foco: Marcial Alfonso
Assistente de fotografia: Hector Fermenia
Fotógrafo de cena: José Amaral
Diretor de produção: Felix Aidar
Engenheiro de som: Ernest Hack, Constantino Warnowsky
Editor: Mauro Alice
Maquilagem: Maury Viveiros
Direção musical: Hector Lagna Fietta
Canção: “Ave Maria”, samba-canção de Vicente Paiva e J. Redondo, canta Lana Bittencourt, gravado em disco Columbia; “Tempo para amar”, rock de Fred Jorge e Mário Genari Filho, cantam Tony Campello e Cely Campello; “Estrada do sol”. samba-canção de Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, canta Agnaldo Rayol, gravado em disco Copacabana; “Fogo no rancho”, de Elpídio dos Santos e Anacleto Rosa, canta Mazzaropi; “Pra mim o azar é festa”, de João Izidoro Pereira e Ado Benatti, canta Mazzaropi
Continuista: José Soares
Estúdios de filmagem: Equipamento e mixagem Cia. Vera Cruz (São Bernardo do Campo, SP)
Laboratório filmagem: Rex Filme S. A.
Metragem: 2.462,3m
Filmado em: 35mm; em 24 q.
Local de produção: São Paulo, SP
Ano de produção: 1959